sábado, 8 de junho de 2013

SEM PREÇO..



não me alugo,
não me vendo,
não me empresto,
não me troco,
mas se for o caso..
sem custo..
sem preço..
sem prazo..
ao destino..
ou ao acaso..
me entrego,
sem deboche...
viro fantoche,
no meu ocaso..
sem mais atraso..
sem mais descaso..
porque sei e sinto..
que nem sou dono..
de mim mesmo,
só tenho usufruto,
e de tudo desfruto...
só por um tempo,
sei lá,
talvez,
quem sabe..
um dia..
tudo possamos entender..
de verdade,
sem fantasia,
sem altivez,
quando descer a cortina,
quando encerrar o espetáculo,
ainda que não haja aplauso.

AHMAD SERHAN WAHBE

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