Todo pai se vê no filho, toda mãe pensa exatamente o contrário, não é mesmo?
Será uma guerra de egos ou será sentimento de posse? Talvez nada disso.
Penso que no fundo de cada um existe aquela vontade indizível de ainda estar aqui depois de ter partido, de não ser apenas uma foto na estante, no álbum ou na galeria.
É aquele desejo oculto de alguém dizer a seu filho um dia no futuro: - Meu Deus, como você parece com seu pai ou com sua mãe.
O problema é que um dia, depois de três ou quatro gerações, quem olhar suas fotos não irá nem saber quem é e também não haverá mais conhecidos, não haverá mais nada, nem lembranças.
Só restará aqui na terra o pó de alguém em algum lugar, alguém que um dia carne se tornou e que em outro dia ao pó retornou.
AHMAD SERHAN WAHBE
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