Dessa vez não houve promessa, não houve murmúrio, não houve revolta, não existiu o drama e muito menos a tragédia, um ciclo de repente se abriu. Os rios mansamente convergiram para o mar e o mar se acalmou, as suaves brisas voltaram trazendo consolo e refrigério para a alma, riqueza para os sentidos e alegria para os corações. O dia amanheceu, o sol brilhou forte e intenso, mas rondava a tormenta, de tocaia, à espreita, pronta para dar seu bote certeiro e de repente sobreveio a tempestade, o dia primeiro ficou pálido, ficou cinza com tons de rubro, enegreceu e se fez noite. Então nesse duvidoso instante o rio refugou o mar, as ondas inverteram seu caminho natural e apontaram para o céu e em meio ao choque o dilema reinou. Lá se foi num segundo toda aquela paz e calma que havia sido conquistada, de novo se fechou o ciclo recém-aberto, já embriagado, entorpecido e imerso, se lacrou em um eterno circulo.
AHMAD SERHAN WAHBE
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